ALERTA DE SPOILER.
4# Os fins não justificam os meios
4# Os fins não justificam os meios
Casamentos, quão lindos, adoráveis, emocionantes e caríssimos eles são, um sonho para as mães em geral, mas naquela época era ainda maior que um sonho, uma prioridade, já que mulheres eram as últimas da lista em relação a herdar alguma coisa, nesse ponto até que consigo entender a preocupação da mãe de Elizabete com exatamente CINCO FILHAS na fila de espera para o matrimônio, agora, chegar a querer condena-las a uma vida obscura em um casamento infeliz pelo resto dos dias “até que a morte os separe” já parece exagero.
Elizabete o bode expiatório da vez é recomendada como escolhida para o enlace matrimonial com o Senhor Collins por sua mãe (que pensa estar fazendo um favor à família já que é previsto que ele seja o detentor da propriedade por enquanto em posse dos Bennet). Quando Elizabete recebe essa proposta sórdida (não poderia usar outra palavra) a resposta é única, um NÃO com todas as letras, a mãe claro, como tranquila que é quase tem um ataque do coração e sai desesperada atrás da filha pretendendo fazê-la mudar de ideia, sem sucesso na tentativa (que cá entre nós é um pesadelo) encerra tomando a especulação sobre a desgraça da família como eminente, sentenciando Elizabete a culpada sem direito a perdão.
Em primeiro lugar, vamos colocar as cartas na mesa.
Quais são os motivos para formar esta união?
Além da questão da herança mencionada acima, plausível até certo ponto, existem outros fatores com relação a Sra. Bennet que a influenciaram forçar essa relação a todo custo. Um segundo (e também predominante deles) é a obsessão da mãe de Elizabete por status social, tipo assim, deixe me dar uma frase que consiga resumir essa mulher: "Não me importa que seja o pior crápula do universo, quero o prestígio de ter uma filha casada!". Outro ainda que vou citar é a oportunidade de se livrar logo de Elizabete a casando com o Sr. Collins, considerado mais que suficiente para a "profundamente irritante e tola de suas filhas" na visão dela.
Como se pode ver são dois grandes motivos mesquinhos, tão mesquinhos que nem se preocupam em respeitar a opção da filha em resposta ao matrimônio, tão centrados em si mesmo que rejeitam refletir e considerar o apoio do marido (que foi bem sábio) a favor de Elizabete contra a proposta. É certo que o casamento era o caminho para salvar as jovens da pobreza naquele contexto, mas quando feito por tais razões através da coação, tudo se tornava mais fácil pra morte assaltar a alegria, a esperança e só deixar a dor, a mágoa, a tristeza e o ressentimento. Okay, seguindo os caprichos da Sra. Bennet agora teríamos um casamento, mas onde estaria a vida; a felicidade?