domingo, 27 de novembro de 2016

05 Lições que Você Aprende com Orgulho & Preconceito - Lição 04

 ALERTA DE SPOILER.

4# Os fins não justificam os meios 
      
Casamentos, quão lindos, adoráveis, emocionantes e caríssimos eles são, um sonho para as mães em geral, mas naquela época era ainda maior que um sonho, uma prioridade, já que mulheres eram as últimas da lista em relação a herdar alguma coisa, nesse ponto até que consigo entender a preocupação da mãe de Elizabete com exatamente CINCO FILHAS na fila de espera para o matrimônio, agora, chegar a querer condena-las a uma vida obscura em um casamento infeliz pelo resto dos dias “até que a morte os separe” já parece exagero. 



Elizabete o bode expiatório da vez é recomendada como escolhida para o enlace matrimonial com o Senhor Collins por sua mãe (que pensa estar fazendo um favor à família já que é previsto que ele seja o detentor da propriedade por enquanto em posse dos Bennet). Quando Elizabete recebe essa proposta sórdida (não poderia usar outra palavra) a resposta é única, um NÃO com todas as letras, a mãe claro, como tranquila que é quase tem um ataque do coração e sai desesperada atrás da filha pretendendo fazê-la mudar de ideia, sem sucesso na tentativa (que cá entre nós é um pesadelo) encerra tomando a especulação sobre a  desgraça da família como eminente, sentenciando Elizabete a culpada sem direito a perdão.


Em primeiro lugar, vamos colocar as cartas na mesa. 
Quais são os motivos para formar esta união? 

Além da questão da herança mencionada acima, plausível até certo ponto, existem outros fatores com relação a Sra. Bennet que a influenciaram forçar essa relação a todo custoUm segundo (e também predominante deles) é a obsessão da mãe de Elizabete por status social, tipo assim, deixe me dar uma frase que consiga resumir essa mulher: "Não me importa que seja o pior crápula do universo, quero o prestígio de ter uma filha casada!". Outro ainda que vou citar é a oportunidade de se livrar logo de Elizabete a casando com o Sr. Collins, considerado mais que suficiente para a "profundamente irritante e tola de suas filhas" na visão dela. 

Como se pode ver são dois grandes motivos mesquinhos, tão mesquinhos que nem se preocupam em respeitar a opção da filha em resposta ao matrimônio, tão centrados em si mesmo que rejeitam refletir e considerar o apoio do marido (que foi bem sábio) a favor de Elizabete contra a proposta. É certo que o casamento era o caminho para salvar as jovens da pobreza naquele contexto, mas quando feito por tais razões através da coação, tudo se tornava mais fácil pra morte assaltar a alegria, a esperança e só deixar a dor, a mágoa, a tristeza e o ressentimento. Okay, seguindo os caprichos da Sra. Bennet agora teríamos um casamento, mas onde estaria a vida; a felicidade? 

domingo, 20 de novembro de 2016

05 Lições que Você Aprende com Orgulho & Preconceito - Lição 03

 ALERTA DE SPOILER.


3# Conheça as duas partes antes de escolher um lado

É normal avaliar as coisas vamos ser francos, todos nós fazemos isso, nossa outra blogueira Gerlane Cleide por exemplo é especialista no assunto quando se trata de escolher ótimos livros pra mergulhar e viajar, mas a questão no filme vai muito mais além daquela observação que realizamos ao retirar uma história da prateleira, olhar a capa e fazer a breve leitura da sinopse, para Elizabete saber de toda a verdade é a chave que lhe permitirá tomar a decisão MAIS IMPROVÁVEL e certamente pra ela a melhor da vida inteira.  

 

DARCY vs. WICKHAM

DOIS HOMENS, DUAS VERSÕES E APENAS UMA VERDADE. EM QUEM ACREDITAR? 

Esse é o dilema que Elizabete enfrenta em torno dessas duas incompatíveis figuras, como curiosa nata inicia uma missão em busca de saber mais sobre o recém chegado Sr. Darcy que se mostra bastante rude quando se conhecem, passado um tempo sondando aqui e ali o número de informações começa a ficar resumido é quando o Sr. Wickham entra em cena, durante um de seus passeios com as irmãs pela cidade ela acaba conhecendo o galante militar, enquanto conversam Elizabete parece encantada dando indícios de interesse em sua pessoa, uma leve mudança de foco por assim dizer que adormece rapidamente com alguns minutos, após o súbito encontro entre o Sr. Darcy e o Sr. Wickham. 

Passado o “frio comprimento” que eles vivenciam onde o Sr. Darcy dispara no cavalo pra bem longe a chama da interrogação volta a se acender em Elizabete que mais intrigada ainda retoma as investigações questionando o Sr. Wickham sobre sua relação com o impetuoso cavalheiro, indignada com a versão dos fatos que ouvira e mais tarde baseada na hipótese de que o Sr. Darcy foi a causa da separação entre sua irmã e o Sr. Bingley ela não vê outra resposta ao julgamento do seu caráter, declarado culpado nesse julgamento completamente irrealístico e parcial, foi sentenciado a última das colocações no posto dos cortejadores (ficando abaixo até do Sr. Collins) sendo considerado  por ela "a última pessoa DO MUNDO com quem poderia pensar em se casar".


Não quero nem pensar em como seria o destino de Elizabete se ela não tivesse reconsiderado sua opinião em relação ao Sr. Darcy, agente consegue até ter um vislumbre quando Lídia, depois de casada com o Wickham volta a casa da família para ostentar sua última conquista representada pela aliança dourada na mão esquerda, vemos entre a despedida dela dos familiares ao encaminhar da carruagem o puxão violento a que é submetida pelo já então desmascarado militar.

Então, o que eu quero dizer finalmente com isso é que nossas avaliações podem e devem existir contudo que envolvam o todo, só assim pra não defender um lado da história sem ao menos conhecer o outro, se você não acredita em mim acredite em Orgulho & Preconceito pelo menos, não seguir esse conselho é a receita perfeita pra quem quer entrar numa enrascada, Lídia que o diga.